O que é a
Comunicação Empática

A comunicação é fundamental nas relações interpessoais, profissionais e sociais do ser humano. No entanto, comunicar de forma eficaz vai muito além da simples transmissão de informações.

Comunicar envolve ouvir, compreender e conectar-se com o outro a um nível mais profundo. É neste contexto, que a comunicação empática se destaca como um elemento transformador, que promove conexões autênticas, reduz conflitos e fortalece vínculos.

A comunicação empática não é apenas um método de interação, mas uma abordagem que combina escuta ativa, compreensão emocional e respeito mútuo. Num mundo marcado pela velocidade e superficialidade, a prática da empatia na comunicação torna-se uma ferramenta poderosa para criar espaços de diálogo mais humanos e inclusivos.

Em seguida, vamos explorar a comunicação empática, os seus benefícios e também algumas estratégias práticas para a incorporarmos no nosso dia a dia, de forma a transformar não só as relações interpessoais, mas também ambientes coletivos e organizacionais.

Como lidar com personalidades manipuladoras?

Sentimo-nos frustrados quando expomos as nossas opiniões e pontos de vista e não somos entendidos. Muitas das interações que temos no dia a dia são, até, uma batalha apenas por discordarmos uns dos outros, por as opiniões colidirem. E este confronto tem impacto no nosso humor e nas nossas emoções.

Quando nos deparamos com personalidades manipuladoras, em que alguém não respeita as nossas opiniões nem se esforça por entendê-las, como é que podemos ser emocionalmente saudáveis?

1. Sendo mindful, estando conscientes de que aquela pessoa está a usar o poder da retórica para exercer pressão sobre a nossa opinião naquele momento.

2. Usando a comunicação assertiva, indicando a essa mesma pessoa que nos sentimos desconfortáveis e que não vamos tolerar que seja exercido esse poder sobre nós.

3. Recorrendo a elementos de regulação emocional. Como? Reconhecer que não temos de ter uma resposta direta pronta e que não somos mais fracos por isso, e reconhecer também que não estamos bem e, assim, conseguirmos libertar-nos daquela discussão.

Libertar-nos da discussão é totalmente diferente de desistir, a nossa opinião mantém-se mas temos consciência de que a interação já não está a ser produtiva. Além disso, é importante referir que sentirmo-nos emocionalmente ativos não significa perdermos o controlo sobre a situação.

Comunicação Empática: Um complemento à assertividade

Então, como deve ser a comunicação para fomentarmos relações saudáveis?

A assertividade na inteligência emocional prende-se com uma colaboração, colaboração essa que, por sua vez, se prende com respeito e não imposição de opiniões (o que não nos impede de expressarmos o que sentimos e pensamos).

Contudo, há momentos na nossa comunicação em que não precisamos de ser tão assertivos, manifestando outros aspetos da comunicação que ajudam a criar ligações mais presentes, de maior conforto e de partilha emocional – e é aqui que entra a comunicação empática.

Quando comunicamos de forma empática temos tendência a melhorar a nossa capacidade de comunicação como um todo, bem como a nossa capacidade de reflexão e compreensão. Vale reforçar que a empatia e a assertividade não se anulam: não queremos florear a situação mas podemos ser diretos e compreensivos ao mesmo tempo.

Como aplicar a comunicação empática?

Ao aplicar a comunicação empática nas nossas interações diárias, conseguimos criar um ambiente mais acolhedor e aberto, onde as pessoas se sentem compreendidas e respeitadas.

No entanto, para praticar a empatia de forma eficaz, é importante incorporar estratégias específicas que nos ajudem a criar uma ligação verdadeira com os outros, tais como:

  • Praticar a escuta ativa:

Ouvir, genuinamente, a outra pessoa e tentar entender o seu ponto de vista, sem interrupção nem imposição da nossa parte. O foco é a outra pessoa. Afirmações verbais e a nossa linguagem corporal passam sinais de que estamos, efetivamente, a ouvir. Por exemplo, inclinar a cabeça para um dos lados transparece atenção.

  • Fazer questões específicas:

Perguntar “Então, ‘tá tudo bem?” é totalmente diferente de perguntar “Então, como é que estás? Como é que têm sido os últimos dias?”. E, à medida que a pessoa vai fazendo a sua narrativa, questões como “Porque é que achas que isso aconteceu?” ou reformular o que a pessoa está a dizer, mostra que estamos a compreender, mesmo que não concordemos ou não entendamos o sentimento que está por trás.

  • Fazer afirmações verbais (afirmações positivas):

Devemos valorizar a partilha do outro e expressar isso mesmo. “Eu valorizo quando partilhas algo tão íntimo comigo, agradeço-te a confiança” – este tipo de afirmações aumenta a sensação de valorização da pessoa. Desta forma, enaltecemos os aspetos positivos daquela interação para que a pessoa se sinta o mais confortável possível e continue a partilha.

  • Mostrar compaixão:

Isto não significa sentirmos pena nem sermos condescendentes. Mostrarmos compaixão é mostrarmos à outra pessoa que, dentro dos recursos que tinha disponíveis, ela fez o que conseguiu, deu o seu melhor. É explicarmos ao outro que há uma parte dele mesmo que precisava de agir de certa forma, independentemente de ter sido mais certo ou mais errado.

O impacto da comunicação empática nas interações humanas

A comunicação empática é uma ferramenta poderosa que transforma as interações humanas, promovendo compreensão, conexão e respeito mútuo. Ao praticar a empatia, não estamos apenas a fortalecer os nossos relacionamentos, como também contribuímos para a criação de espaços mais acolhedores, onde as pessoas se sentem valorizadas e ouvidas.

Esta prática não exige que abandonemos a assertividade ou as nossas opiniões, mas sim que adotemos uma abordagem que equilibre autenticidade com sensibilidade, permitindo diálogos mais produtivos e significativos.

No ritmo acelerado e muitas vezes impessoal das nossas vidas, a comunicação empática destaca-se como um antídoto contra a superficialidade e os mal-entendidos. Quando nos esforçamos por ouvir verdadeiramente, validar emoções e demonstrar compaixão, criamos interações mais saudáveis e contribuímos para o nosso bem-estar emocional.

Em última análise, cultivar a empatia na comunicação é um investimento em relações humanas mais harmoniosas, nas quais todos se sentem capazes de expressar o que são e o que sentem.

É crucial estarmos abertos a sentir todas as emoções, podermos expressar-nos com as pessoas e criarmos, acima de tudo, um espaço benéfico para todos podermos “colocar em cima da mesa” o que está presente.

Comunicar de forma empática, embora desafiante, tem o poder de transformar, verdadeiramente, a forma como interagimos uns com os outros!

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