O que é o burnout?

Tem-se vindo a falar imenso sobre o burnout. O número de pessoas que o sente é cada vez maior. Mas, na realidade, é um fenómeno que sempre existiu: quantas vezes não ouvimos frases como “O meu colega teve um esgotamento, teve de meter baixa”? Hoje em dia, mais do que a palavra esgotamento, usa-se o termo burnout.

Um dos elementos diferenciadores do burnout (tradução livre: queimar até ao fim) em relação ao stress é que, enquanto que o stress nos pode levar a ter alguma ação, alguma movimentação, o burnout é completamente limitante.

No burnout, atingimos um ponto de cansaço extremo, sentido quer fisicamente, quer psicologicamente. Na parte do psicológico, um dos aspetos que destacam o burnout é a exaustão emocional – há uma sensação de ser impossível conseguirmos lidar com as coisas, de conseguirmos dar mais da nossa energia emocional às situações vivenciadas.

O burnout está altamente relacionado com aquela que é a nossa ocupação profissional mas não só. Também existe burnout académico, em particular no caso dos estudantes do ensino superior.

As exigências são cada vez maiores, estamos num mundo cada vez mais competitivo, onde não competimos apenas com o nosso colega do lado mas sim com todas as pessoas do mundo dada a multiculturalidade e universalidade das empresas. Estamos cada vez mais em desvantagem e há uma exigência enorme que nos é colocada em cima, seja ela externa (como, por exemplo, por parte de chefias ou professores) ou interna (“Tenho de ser melhor, tenho de ser mais”).

E toda esta questão acaba por estar fortemente ligado à despersonalização. E o que é a despersonalização?

A despersonalização é mais do que uma apatia. É quase como se estivéssemos só a existir. É como uma frieza não intencional. É quando o cansaço nos leva à desistência – não uma desistência de “Não quero mais isto” mas sim de “Eu não tenho mais capacidade para me entregar a isto”.

Uma reação comportamental do burnout é, exatamente, o evitamento, o fugir das coisas, o não querer lidar com a ameaça. Há uma estagnação muito grande relativamente ao que vamos fazer. E isto é um ciclo: muita exigência a nível profissional ou académico que leva a um cansaço extremo, que leva a uma despersonalização, que leva à incapacidade de agir porque não sentimos vontade; essa falta de vontade leva-nos a sentir uma grande sensação de culpa e estas sensações de culpa vão reforçar todo o ciclo, levando a uma maior inação.

O stress extremo ou crónico (crónico no sentido em que estamos continuamente perante exigências do nosso meio às quais sentimos que, também continuamente, não conseguimos dar resposta) podem levar, efetivamente, ao burnout. E porque tudo isto tem um estímulo, uma fonte, quando nos sentimos stressados, um dos primeiros aspetos a percebermos é “O que é que me está a levar a esta reação? O que é que está a fazer com que eu me sinta assim?”, pois existem diferentes formas de atuarmos sobre diferentes stressores.

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