Inteligência Emocional
no Trabalho
Podemos já ser emocionalmente inteligentes se tivermos modelos de inteligência emocional em casa, bons comportamentos, bons exemplos ao longo da vida dos quais podemos beneficiar ou, então, por tentativa-erro.
O sistema educacional acaba por não nos dar essas ferramentas. O mercado de trabalho também, muitas vezes, não nos ajuda a tomarmos decisões e a desenvolvermos a nossa capacidade e competência de inteligência emocional.
Qual é a importância da inteligência emocional na progressão profissional?
Felizmente, já não estamos no ponto em que a inteligência emocional é desvalorizada enquanto competência essencial no ser humano, e as empresas parecem dar, cada vez mais, prioridade a este aspeto.
Durante muito tempo, e segundo o que a história nos mostra, era a inteligência dita “clássica” (a parte académica e intelectual) a mais salientada e valorizada, quer no ensino, quer no mercado de trabalho. O importante era o QI (Quociente de Inteligência), quem atingia bons resultados, técnicos e lógicos. A parte emocional não era considerada relevante.
A crescente valorização da inteligência emocional no trabalho
As organizações são feitas de pessoas. Se não tivermos em conta que as pessoas são movidas pelas suas emoções, motivações e intenções, então nunca iremos conseguir atingir resultados superiores.
As empresas começaram a aperceber-se deste facto e foi aí que começaram a dar maior relevância à questão da inteligência emocional no trabalho. No entanto, levanta-se um problema: no mercado de trabalho valoriza-se, fortemente, a inteligência emocional, sim, mas ninguém nos ensina a sermos realmente emocionalmente inteligentes.
Há quem tenha tido a capacidade, através das suas experiências (porque conseguiu ter contextos em que isso foi mais facilmente desenvolvido), de se colocar à prova, fora da sua zona de conforto. Estas são as pessoas que acabam por ser mais valorizadas no mercado de trabalho.
Já quem não tenha tido essa oportunidade (seja pelo seu contexto familiar ou outros), fica em défice. Contudo, todos somos capazes de atingir o nosso máximo potencial.
Sente que precisa de ajuda para desenvolver a sua inteligência emocional? Consulte o nosso artigo “Como melhorar a minha inteligência emocional?” e comece já hoje a pôr em práticas as nossas dicas.
Benefícios da inteligência emocional no trabalho
A inteligência emocional no trabalho está diretamente ligada a várias dimensões do desempenho profissional. Estudos indicam que profissionais emocionalmente inteligentes tendem a:
- Tomar decisões com mais clareza e menos impulsividade;
- Gerir o stress de forma eficaz;
- Resolver conflitos com diplomacia e maturidade;
- Demonstrar maior empatia em ambiente de equipa;
- Manter relacionamentos profissionais duradouros;
- Liderar com mais impacto e autenticidade;
- Ser mais produtivos e eficazes nas suas funções.
Segundo a Harvard Business Review, cerca de 90% dos profissionais que apresentam um melhor desempenho, têm níveis elevados de inteligência emocional, mais até do que níveis elevados de QI. Isto demonstra que a inteligência emocional no trabalho não é apenas um complemento, mas sim um pilar essencial para o desempenho e progressão na carreira.
Será que a inteligência emocional só é relevante quando trabalhamos em equipa?
A inteligência emocional só é relevante se trabalharmos maioritariamente em equipa ou será que também é importante para quem tem uma função mais isolada, sem contacto direto com outras pessoas?
Acontece que, mesmo em funções isoladas, a inteligência emocional é crucial para:
- Regular emoções;
- Manter a motivação e o foco;
- Evitar o isolamento emocional em ambientes digitais;
- Garantir o bem-estar e a autogestão emocional.
Independentemente do nosso contexto laboral, estamos sempre a necessitar de entender o que estamos a sentir. E para fazermos um melhor trabalho também no nosso espaço, temos de conseguir regular melhor as nossas emoções.
Principalmente nesta era tecnológica, em que falamos mais por mensagens do que pessoalmente, acabamos por sentir a ausência de interação social recorrente, o que pode levar a que sintamos as nossas emoções um pouco mais desreguladas.
Pode existir uma apatia, com emoções mais estagnadas, onde podemos não entender muito bem o que estamos a sentir. Ou seja, não carecemos de inteligência emocional apenas para lidar com os outros, precisamos dela também para lidarmos com nós mesmos.
Como desenvolver a inteligência emocional no trabalho?
O desenvolvimento da inteligência emocional no trabalho pode ser feito de forma intencional. Algumas das práticas recomendadas para aprimorarmos a nossa inteligência emocional incluem:
- Autoavaliação regular: Perguntas como “Como é que me senti nesta situação?” ou “Porque é que reagi desta forma?”, podem ajudar-nos a identificar padrões emocionais.
- Feedback construtivo: Devemos procurar e aceitar opiniões sinceras de colegas sobre o nosso comportamento emocional no trabalho. A perspetiva dos outros pode ajudar-nos a crescer.
- Práticas de mindfulness: Técnicas simples de atenção plena e respiração consciente ajudam a reduzir reações impulsivas e aumentam a clareza emocional e regular emoções em momentos de pressão.
- Investir em formação: Participar em formações sobre inteligência emocional, liderança empática ou gestão de conflitos pode acelerar o processo de aprendizagem.
A inteligência emocional no trabalho é, atualmente, uma das competências mais procuradas pelas empresas e líderes. Num contexto cada vez mais volátil, incerto e automatizado, são as competências humanas que fazem a diferença no mercado e nas empresas.
Além de ser uma vantagem competitiva no mercado de trabalho, desenvolver a capacidade de reconhecer, compreender e gerir emoções (tanto as nossas como as dos outros) é também uma necessidade para quem quer prosperar de forma sustentável no seu percurso profissional.
Saiba mais sobre o tema no episódio 1 do nosso podcast “Mas afinal, o que é a Inteligência Emocional?” – veja o vídeo aqui.
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