Inteligência Emocional
em Liderança

Existe uma ideia generalizada pré-concebida de que há certas áreas de atuação (como a Gestão de Recursos Humanos ou a Psicologia) em que as pessoas têm de desenvolver, com maior intensidade, a parte da inteligência emocional e outras em que a inteligência emocional é vista como algo pouco relevante.

Na realidade, trabalhar a inteligência emocional é altamente relevante em qualquer área profissional. Aliás, todas deveriam primar pelo desenvolvimento desta competência. O que acontece é que, nas áreas mais relacionais, ou em que há maior contacto com o público, revela-se essencial.

Hoje, vamos focar-nos na inteligência emocional em liderança.

Tópicos abordados neste artigo:

O Papel da Inteligência Emocional em Liderança

A inteligência emocional é um conjunto de competências relacionadas com a perceção, compreensão, regulação e gestão, das próprias emoções e das emoções alheias, que interliga dois aspetos fundamentais:

  • O conhecimento que temos de nós mesmos, ou seja, inteligência intrapessoal;
  • A inteligência interpessoal, que se prende com conseguirmos identificar emoções nos outros e usarmos essas emoções para comunicarmos melhor com os demais.

Uma área em que esta competência se prova indispensável é a área da saúde. Já em áreas, por exemplo, das tecnologias ou das ciências exatas, nota-se um gap (espaçamento, distância) maior.

Nestes casos, a inteligência cognitiva (como o raciocínio ou a memória) sempre foi mais valorizada do que a emocional e, pela ausência de necessidade de trabalhar essa competência, muitas vezes por se tratarem de áreas mais individualizadas, por norma ligadas a um trabalho mais solitário e mais computacional, os profissionais só mais tarde, na sua vida pessoal, é que notam essa diferença.

Esta realidade tem levado essas pessoas a procurarem maior acompanhamento e mais formação no que toca a inteligência emocional, não porque necessitam dessas competências para o seu trabalho mas sim para a sua vida pessoal onde não tiveram oportunidade de as desenvolver.

No contexto da liderança, a inteligência emocional tem vindo a mostrar-se como fator decisivo para a eficácia, influência e capacidade de motivar equipas.

Qual o impacto da inteligência emocional em liderança?

O impacto da inteligência emocional em liderança é profundo e multifacetado. Um líder com elevada inteligência emocional tem uma capacidade significativamente maior de influenciar, motivar e inspirar a sua equipa.

Confira os principais impactos da inteligência emocional em liderança:

1. Melhor clima organizacional: Líderes emocionalmente inteligentes conseguem manter um ambiente positivo, mesmo em momentos de pressão. Eles identificam e gerem as suas próprias emoções, evitando reações impulsivas que possam prejudicar a moral da equipa.

2. Fortalecimento de relacionamentos: Com empatia e competências interpessoais desenvolvidas, os líderes conseguem formar uma ligação genuína com as pessoas, ouvindo com atenção e demonstrando consideração, o que gera confiança e respeito mútuo.

3. Gestão de conflitos: Os conflitos são naturais e inevitáveis. Contudo, um líder com inteligência emocional lida com eles de forma madura e estratégica, procurando entender os pontos de vista envolvidos e mediar soluções que beneficiem todos os lados.

4. Tomar decisões equilibradas: Líderes com inteligência emocional não tomam decisões baseadas apenas em dados ou lógica. Eles avaliam o impacto emocional das suas decisões na equipa e agem de forma ética e consciente.

5. Comunicação eficaz: Uma liderança provida de inteligência emocional comunica de maneira clara, assertiva e sensível, adaptando o discurso de acordo com o contexto emocional do momento, melhorando a clareza e a interação.

6. Inspiração e motivação: Ao demonstrar autoconfiança, otimismo e resiliência, esses líderes inspiram as suas equipas a darem o melhor de si, mesmo em situações desafiantes.

Inteligência Emocional em Liderança
unsplash.com // Matt Ridley

Vejamos um exemplo prático:
Pense num líder que, ao perceber que a equipa está desmotivada após uma mudança interna, não ignora o clima organizacional. Em vez disso, ele reúne com toda a equipa, acolhe os sentimentos, partilha a sua própria vulnerabilidade e reconstrói a confiança. Isto é um exemplo de inteligência emocional em ação e o resultado é uma equipa mais unida e resiliente.

A Falta de Formação Emocional nos Líderes

Procurarmos formas de melhor comunicar, liderar e motivar equipas não é suficiente para melhorarmos, também, as nossas relações se não desenvolvermos, ao mesmo tempo, as nossas skills emocionais.

Podemos ter todas as ferramentas para gerirmos conflitos eficazmente, fazermos um discurso ou darmos feedback à nossa equipa mas nada disto funciona sem o controlo emocional que cada situação exige, sem a capacidade de utilizar essas ferramentas.

Não basta sabermos o que temos de fazer; temos de conseguir fazê-lo da melhor forma possível, e é isto que gera resultados.

Em grande parte dos casos, a formação dos líderes tem uma forte lacuna: quer durante o seu percurso académico como durante o seu percurso profissional, esses líderes não tiveram orientação para o serem e saberem lidar com pessoas.

A partir do momento em que falta essa inteligência emocional, torna-se muito mais difícil atingir resultados de excelência dentro das empresas. Felizmente, verifica-se uma preocupação crescente por parte das empresas relativamente às competências emocionais.

O Novo Paradigma das Organizações sobre a Inteligência Emocional

O paradigma organizacional, pelo mundo fora, está a mudar. Antes o foco era apenas a produtividade e os objetivos estratégicos da empresa e os líderes não se preocupavam com o que motivava ou não os seus trabalhadores, levando a uma discrepância entre o que era expectável e o que realmente acontecia.

Hoje em dia, os líderes percebem que estão a trabalhar com pessoas, de pessoas para pessoas, e que é essencial entender de que forma podem motivar os seus funcionários para atingirem os objetivos em conjunto, o que implica recorrer a feedback (Se não soubermos o que estamos a fazer mal, como é que podemos melhorar?).

Lidera uma equipa?
Saiba mais sobre como dar feedback no artigo da Speak and Lead: Como dar Feedback [Especial Líderes]

A regulação emocional é um aspeto fundamental e o mais complexo dentro da inteligência emocional, sendo o último patamar dentro de uma hierarquia. É nesse patamar que finalmente temos a capacidade de compreender e regular as nossas próprias emoções, tendo uma atitude positiva perante o que sentimos e as situações em que nos inserimos.

Antes de lá chegarmos, precisamos de ter um conjunto de ferramentas emocionais que levam tempo a serem treinadas, tal como leva tempo a ser-se um líder e a trabalhar todas as competências inerentes.

Inteligência Emocional em Liderança
unsplash.com // Tim Mossholder

O Caminho para o Desenvolvimento Emocional

Não há uma fórmula mágica para atingirmos a regulação emocional e há um conjunto de etapas a percorrer, de degraus a subir. Inicie o seu caminho com calma, com tolerância consigo mesmo e com treino.

A inteligência emocional pode ser desenvolvida com prática, auto reflexão e feedback contínuo. No contexto atual, onde as soft skills ganham cada vez mais destaque em relação às técnicas, liderar com inteligência emocional deixou de ser um ponto diferenciador para se tornar uma necessidade.

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O Curso de Inteligência Emocional vai ajudá-lo a adaptar-se mais facilmente a diferentes situações, a tirar maior partido das suas emoções, e a melhorar as suas relações pessoais e profissionais.

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