Inteligência Emocional nos outros
Quando sentimos que temos uma necessidade, uma lacuna dentro de nós, proativamente vamos à procura de como podemos melhorar nessa competência, como podemos suprir essa necessidade. Mas e quando conhecemos alguém que sentimos que precisa dessas competências e esse alguém não se apercebe disso? Como é que será que podemos sensibilizar e persuadir a pessoa a iniciar esse caminho de melhoria em termos de inteligência emocional?
Há muita gente que acaba por estar mais desperta para a questão da inteligência emocional. Contudo, decerto que já aconteceu a quase todos nós conhecermos alguém, trabalharmos com alguém, sermos amigos de alguém cuja inteligência emocional vemos que poderia ser trabalhada. E quando queremos tentar ajudar essas pessoas, temos de ter atenção à forma como o fazemos.
Existem dois aspetos fundamentais a ter em consideração na tentativa de ajudar alguém a trabalhar a sua inteligência emocional:
A mudança parte de nós mesmos
Em primeiro lugar, não nos podemos esquecer que uma pessoa só muda se quiser mudar. Enquanto alguém que está “de fora”, podemos ter a melhor das intenções e tentar ir ao encontro das necessidades da pessoa mas, se ela não quiser mudar (pois para sermos mais emocionalmente inteligentes temos de mudar os nossos pensamentos e os nossos comportamentos), nada vai acontecer.
Comunicação empática
Segundo aspeto fundamental: a criação de uma comunicação empática. Quando verificamos que a pessoa pode ter a necessidade de trabalhar a sua inteligência emocional, também não nos podemos esquecer que ela pode ainda não ter identificado a sua própria necessidade, pode ainda não ter percebido que tem um défice nesse aspeto e, até, que os seus comportamentos podem estar a causar prejuízo nas suas interações com os outros. Isto significa que não podemos, como costumamos dizer, “entrar a matar”. Temos de, pelo contrário, apalpar terreno, tentar perceber o que a pessoa sente, como têm sido as suas interações com os outros, abrir a discussão, a conversa, o diálogo. Isto vai fazer com que a pessoa sinta que, do outro lado, existe compreensão e uma vontade de ajudar e não de criticar.
A partir do momento em que este terreno da comunicação empática está estabelecido, a pessoa fica, por norma, muito mais predisposta a modificar ou pelo menos fica aberta à possibilidade de mudança. Quando ela percebe que há algo a ganhar e que desenvolvendo a sua inteligência emocional pode melhorar em determinados aspetos da sua vida, a pessoa tende, mais facilmente, a querer procurar e saber mais sobre como melhorar.
Para saber mais sobre comunicação empática e como aplicá-la, leia o artigo “O que é a Comunicação Empática” aqui.
Saiba mais sobre o tema no episódio 1 do nosso podcast “Mas afinal, o que é a Inteligência Emocional?” – veja o vídeo aqui.
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